terça-feira, 19 de julho de 2011

Gabo, o canário

O último canário que eu tive chamava-se Gabo - como o Gabriel García Márquez. Jovem, sexo indefinido, aquela coisa: só os machos cantam, e depois de adultos. Um dia encontrei-o morto: mergulhado em alpiste, assassinado por formigas revolucionárias que puseram a sobrevivência acima da arte. Então a dúvida sobre a arte do Gabo tornou-se para sempre. As formigas eu pisei, mas elas não deixaram nada para sempre. Nada.

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