Farruco, vês o sol? sentes este vento aquecido? Estás a olhar comigo na varanda e o teu silêncio condiz com o meu espanto. Fiel companhia na contemplação deste mundo intenso, que nem deve dar por nós aqui sentados. E no entanto nós aqui. Quietos. Tu mais que eu, que o meu espanto é ruidoso e precisa de uma ponte até o teu. Ouves aquela moto-serra ao longe? Lembra-me a infância. Vamos ficar em silêncio, Farruco! que estão a meter lembranças no futuro de alguém.
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