07:50h. Fui ler e tomar café na varanda dos fundos. E como é dia de Carnaval, sentei-me numa cadeira-de-praia para o solar benefício da ilusão. À minha frente, um gato preto com uma cara tão larga que parecia uma coruja. Dormitava, sentado, debaixo de um raio de sol traçado em sombras pelas videiras. A orquestra dos pássaros evoluiu até que muitos deles espicharam por todo o quintal, feito berlindes que escorregam do bolso e caem pelo chão. Entrei. Fui ver o Farruco: tremia que nem vara verde, descoberto que estava na sua cama. Cobri-o, fiz-lhe um carinho de bom dia e reparei que as suas pernas são tão finas como as de uma ovelha. Bom Farruco, que dia tão bonito! Vamos lá fora, cãozinho! tem um gato no quintal que precisa ser posto a correr. E então o dia há-de de começar.
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