— Para onde vais, amigo?
— Não sei.
— Mas tens mesmo de ir?
— Tenho, amigo. Preciso.
— Não te vais sentir sozinho? desaparecendo, assim? incomunicável?
— Não sei.
— Às perguntas mais graves que eu te fiz, respondeste não sei.
— Por não saber, é só isso.
— E vais sumir? Se não sabes, não seria mais acertado estar quieto?
— Justo por não saber é que preciso ir.
— Dás notícias, ao menos?
— Não. Se às der não terei ido, de fato.
— Então está bem. Cuida-te.
— É exatamente o que não pretendo fazer.
— Adeus.
— Um dia.
domingo, 6 de outubro de 2013
Não sei
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