Quando tu passas o vento faz-me um aceno com o teu cabelo. O vento da estação é frio, mas a temperatura do sorriso que pões a seguir é outra. Sorris sempre. E eu, de volta, da mistura dos dois, dou-te um abraço morno. Um abraço que não chega. Com uma das mãos na tua cintura e outra nas tuas costas. Um enlace do muito que não foi dito. E um beijo breve ao ouvido. Um segredo. Um não dizer que é tanto por ainda não ter sido dito. Vais-te afastando enquanto nossas mãos lentamente vão-se escapando pelos braços abaixo até a ponta dos dedos. Dois dedos de adeus, um no outro, enfim. E um até breve, eu bem sei. Se não for, não te preocupes. Eu o invento.
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