Uns pássaros misteriosos (diz a minha mãe que a minha tia-avó afirmava serem mochos - e há uma história de terror embutida nesta afirmação) andam na época dos amores. Não os vejo, por mais que retese os olhos para o negro além da varanda. Ouço, apenas (acho que são dezenas deles). Aliás, dão-me medo; mas um medo que não me atravessa a pele: essa coisa de estar no meio de rituais de amor, e não ver os amantes.
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