Essa languidez irresistível que se me entranhou no corpo. Sobre a pele, o sol já fraco. Sobre a mesa, uma garrafa de água morna a combinar. Folhas amarelas espalhadas pelo chão, leves, esperando uma brisa de baile. Cumprem o destino que se lhes impôs. Se a brisa soprasse haveria música invisível e eu deixaria os olhos prontos para a contradança. A aguardar o possível espetáculo, há apenas pássaros; público em conversa escandalosa nos camarotes, sobre os plátanos. Quanto às sombras, eu sei que vão crescer até desencantarem a noite. Eu espero para ver se desencanto também.
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