Vou abrir a janela da sala, vem ver os montes. Vem. Eu sei que está frio. Deixa as cobertas pelo chão enquanto a tua beleza vai sendo revelada. Isso, assim mesmo. Não tens noção de como ficas ainda mais bonita de ombros encolhidos e a saltitar na minha direcção, ansiosa do meu pescoço para os teus braços. És tão tu mesma quando o fazes... Pronto. Chega-te bem para perto, o que achas? que vou te deixar a tremer de frio? O cheiro dos teus cabelos... Vou dizer baixinho para o teu ouvido esquerdo na linguagem da minha respiração: temos de fazer lume com a nossa pele que eu já não sei se este arrepio é meu ou teu. Vamos voltar para o nosso segredo que o mundo inteiro é muita coisa de uma só vez e agora já temos o bastante. Que olhar é esse? Conheço esse teu sorriso. Vou fechar a janela…
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