No caminho para o café vi uma senhora a podar as suas roseiras. Na mão direita, uma luva cor de prata; na esquerda, só a pele. Com a mão firme e insensível da luva ela prendia as rosas com força e sem medo dos espinhos; mas era com a pele sensível e nua da outra, a do lado do coração, que ela segurava a tesoura e cortava. Difícil dizer qual das duas mãos era a mais forte.
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