Vou para Aveiro, ou melhor, estou a caminho; e fico até o fim de semana. Ou até a semana que vem. Ou. Não sei. O que importa é ir ficando até o limite para deixar de estar no de costume. Tenho na ideia a vontade de acompanhar desde o sono até o despertar do sol, no mar, na Praia da Barra. Mas não sei se tenho em mim calor humano que chegue para estar de testemunha a noite toda. Levo a viola. Seria possível tocá-la do alto do farol? Que bonito ia ser dar direcção aos navios «Dois Dós à este bordo!», e levar um susto tremendo ao ver surgir das águas frias um coro de sereias para me acompanhar numa canção inventada.
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