Só eu sei de mim. Ninguém mais. Nem os amores pelos quais eu daria a vida, nem eles têm como saber muito além dos vestígios que me saem pela boca e dos gestos com que corto o ar. Há uma parte em nós — a maior? — inescrutável, sequer indagável pelos outros. Esta parte de mim é onde sou mais eu mesmo. É com ela que construo todo o resto, desde o que está escondido até a mais visível das minhas aparências; para que eu seja mais de mim até o limite possível da minha realização. Para que eu seja.
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