Escondeste-te entre os silêncios, entre os espaços que ainda existem entre nós. E mesmo se o teu corpo, por instantes, fica à beira da minha vista, ainda assim são horas até que a minha mão te encontre. És assim, fugidia. Veloz. Quase etérea. No entanto, é na tua vaga imagem e no teu súbito aparecimento que eu encontro descanso. Há um atalho para a minha paz na tua agitação. Não sei bem onde fica, em ti. Um passo em falso, um buraco onde cair e esquecer, um modo brusco de alívio. Intensidade. E ao mesmo tempo, neste instante, não. Há toda uma acidentada geografia pelo meio. Pedras de tropeço. Mas se tu aqui, então é só planura. E tanto a percorrer se houvesse tempo para além de nós.
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