Hoje morreu o Sebastião, o cão do vizinho. Tinha poucos meses. Eu gostava do nome. Era amigo do Farruco, apesar do pai, o Kiko, não gostar da amizade. Diferenças territoriais. E havia mulher no meio, uma cadela, a Tuca, o que é sempre motivo de rosna entre machos. Era branco com duas grandes manchas pretas puxadas à mãe. Deu pena. Era uma alegria infantil e animal aos saltos e cambalhotas na relva ao lado. Eu gostava de ver. Vez ou outra metia o focinho por um buraco na cerca, para vir pegar a dose de carinho que eu lhe dava — para a ciumeira de terror do Farruco. Outro dia escrevi aqui e citei o seu nome entre helicópteros, fogo, e gatos. Morreu. Vai Sebastião, descansa em paz. Nem foi muito o cansaço, que o tempo de vida foi pouco, mas foi o suficiente para estares aqui, na minha memória, neste dia. Então foi vida que bastasse, ao menos para isto.
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