A minha filha dedicou-me um álbum cheio da sua juventude e força. E o título é o de uma música que eu compus há tempos — para reforço da dedicatória e certeza da minha comoção. A nossa obra vale tanto quanto a promessa da sua duração. E eu nunca fiz algo que excedesse em mim o amor de pai que me foi revelado e que se transfigurou na recriação do meu mundo: a minha filha. No fim das contas, e da vida, eu sei que todo o resto será dispensável. Menos o amor que eu pude provar, amor indescritível. Todas as palavras que eu possa vir a escrever não valem um ponto final se nelas não houver um pouco desse amor que eu descobri ao dar ao mundo uma filha. Uma filha, eu no meu melhor. Rede imensa de possibilidades e tanto ainda por vir, por ser. Quando o meu for já um silêncio imenso, é na tua voz que eu me farei ouvir. Será meu, o teu grito. O nosso sorriso, um. És para sempre, minha filha. É quanto dura o amor.
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