A minha garganta deve estar cheia de ranhuras. Dói ao ponto de me fazer lembrar da sua existência. Ontem, uma das meninas deu-me uma pastilha milagrosa, abençoada com o nome de São Braz e cheia de tradição desenhada na embalagem para o devido conservadorismo da cantoria e, amém, cantei até razoavelmente apesar de todas as músicas terem-me saído a queimar a boca. Hoje estou na aldeia e os milagres para a garganta devem ser concedidos por outros meios, mais rústicos, porque não encontro o raio das balas ou rebuçados — isso de dupla nacionalidade e grafia acaba com a minha paciência, digo já. Porém a noite eu retorno para São João da Madeira; mas vou mas é a procura do outro santo, o São Braz.
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