sexta-feira, 22 de junho de 2012

Põe nas paredes o teu ouro, Astro-Rei

solis22O Verão entrou pelas portas de vidro da varanda e com ele imagens de sal na pele, de olhos apertados pela claridade, de corpos brancos que vão, com o correr da Estação, mudar de cor para um bronzeado suave com perfume de protetor solar. Quase posso ouvir o som das ondas, uma cantiga atravessada pelos risos dos que se deixam colorir e aquecer estirados na areia fina e branca constantemente aplainada pelo vento, paraíso terrestre. Astro Rei! é a tua hora. Irrompeste pelo azul já quase desbotado pelas Estações do fim e trouxeste vida nova e incandescente, fulgor celeste para a nossa admiração. Vou abrir todas as janelas da casa. Entra. Põe nas paredes o teu ouro. Eu não tenho um mar, não cabe aqui dentro. Mas vou abrir o duche em água fria e molhar o corpo em música alegre para cantar contigo.

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