O Farruco está molenga, esparramado sobre o piso da varanda, à sombra dos vasos de Orquídeas e ao som dos pássaros que estão nas videiras. Se lhe faço festas na cabeça, ele fecha os olhos em dormência, lentamente, até ser visível apenas a sua cabeçorra de pêlo negro em confusão de vento. Paro o carinho. Então ele abre um olho na minha direcção, espreguiça-se e resmunga por dentro de um rápido e intenso suspiro. Dou-lhe riso em dois solavancos de respiração e meto nos lábios um sorriso de lado. Volto o olhar para a frente e vejo um pássaro sobre um cacho de uvas verdes e ainda tão pequenino. Ponho-me em silêncio de natureza, que é o meu modo de ouvir o mundo.
domingo, 29 de julho de 2012
Tarde dormente
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