Não parece com o que deveria parecer. Para estar de acordo com o nome, penso eu. E creio que o meu pensar pode ser justificado pelas circunstâncias, ainda que em parte. Mas o problema está na parte que julgo essencial: é aí que eu me considero justificado: o tempo passa e a transição não tem fim: é permanente; e torna-se então uma contradição. Ponho-me a refletir: há alguma tendência em mim que me faz agregar-me a semelhantes situações? Ou sou mero fantoche do acaso, brinquedo posto em cima do tabuleiro do destino para que possa haver jogo? O raio da normalidade, essa improvável constante, essa desconhecida senhora. Eu só soube da sua existência através de exemplos alheios; ela por cá nunca andou. Minto. Andou sim. Quando eu e o mundo éramos feitos da mesma matéria, a do sonho; quando eu só tinha olhos para a imaginação. Quando tudo fazia sentido justo por não ser preciso sentido algum. Portanto, há dois caminhos: o que leva adiante e o que nos leva de volta ao antes de ter acontecido, à terra árida onde não parecia ser possível germinar semente alguma. Em outras palavras, ou anda ou desanda. No limbo é que não.
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