Impressionado. Eu mesmo não sabia o quanto as músicas do Milton Nascimento me haviam marcado. Fiz uma seleção, pus a tocar. E tocou desde a infância até há uns anos atrás. Daí para cá, a boa saudade. Se foi sorte? eu não sei. Mas eu acertei em cheio no meu viver. Até agora. Vivi tudo o que me coube, com trilha sonora e tudo mais — canções que ouvi, que toquei com amigos numa roda à beira da rua, nas calçadas, nos quintais, nos bares. E ainda viver. Os olhos bem abertos. Para o perigo — esse vício. Para a beleza — essa loucura. Para o que valha a pena. Por isso, se me virem triste, se uma lágrima, se um grito, se o dedo em riste, se na garganta uma palavra que não saiu a tempo me embargar a voz e eu disfarçar, não reparem. É o viver. Vale a pena.
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