Tarde estranha, confusa. Alguns rostos conhecidos, outros não. E há este meu défice de reconhecimento facial. Então, devem dizer, sou arrogante, indiferente, mal educado. Não sou. Talvez só um pouco, vá lá. Eu enxergo bem, reconhecer as pessoas é que são elas. Em agosto, Alvarenga está sempre a encher-se e a esvaziar-se várias vezes por dia. Sinto-me deslocado. Mesmo quando eu também sou turista e venho apenas soprar a minha parte no enchimento. Os lugares onde costumo sentar ou onde vou fumar para ter o que dizer, tudo isto complica-se. Tenho o que dizer na mesma, mas por isso. No entanto, eu também gosto do movimento, gosto desse estar de passagem de quem só vem para estar e não para ser o suficiente. Enfim. Observo. Meio acuado a um canto, mas sim, observo. A um canto, com um café e um cigarro e olhares de soslaio às visitas. Vou sendo. Nessa nesga de agosto que me coube.
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