quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Dia para não ser, mas estar.

Tarde de calor, mas lá fora, onde tudo é a abafar. Aqui dentro, com o vento do circulador de ar a bater-me nas costas e enfiado na sombra das quatro paredes do fundo do apartamento, o dia segue fresco e de cabelos levemente balançados. Tarde morosa, boa para não ser mas apenas estar. Tanta coisa resolvida e ainda duas, as mais importantes, pendentes para amanhã. Resolvo-as? espero que sim. Para eu poder existir no Rio de Janeiro em plenitude e não do lado de trás e através do vidro que o vou vendo. Tenho Portugal às costas a fazer força para o meu retorno válido e com soluções arrumadas na mala. Então, que esta semana fique tudo em ordem para a falta de ordem que eu vou precisar daí em diante. Mas só depois. Calma. Hoje não, hoje é dia de não ser mas apenas estar. Então vou ali comprar pão francês e mortadela defumada para estar melhor.

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