Cada livro é todo um universo particular. Não me canso de levantar as sobrancelhas em espanto diante de um novo arranjo de palavras que me fascina. Qual a novidade delas? são meras e corriqueiras palavras. Assim como as pedras. Duras. São coisas geométricas pintadas numa folha ou riscos negros na tela de um aparelho eletrônico qualquer. Mas aí um bom escritor às mistura de uma certa forma e adquirem alma, tornam-se quase viventes, e então transfiguram-se em luz, sombra: em sentidos. Sujeitos que falam de nós de uma maneira às vezes mais íntima do que a nossa com nós mesmos. Literatura. Quem me dera mais vidas. Gastava-as todas assim. Ou que eu viva intensamente a minha. Para que esta me valha mais do que muitas, umas seguidas às outras. É o mais provável.
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