domingo, 15 de abril de 2012

Não arranques o fruto do teu ventre

P7preg-24_1494409iDentro de ti a recriação do universo, vida em acto a que chamas potência. Mas decidiste abortar todas as palavras e agora são tantas as que já não vão ser ditas. Não arranques o fruto do teu ventre. Arrancarias a ti mesma, em tua maior expressão de vida. Não vês o encanto que carregas? Todos os sacrifícios que vais ter de fazer e ainda assim chorares de júbilo por tê-los feito e dizeres num grito fazia tudo de novo e mais se preciso. Onde uma força que se assemelhe? Não esmagues uma nova vida sob o peso do teu egoísmo. Pensa um pouco mais. Sente o bater dobrado do teu peito – anúncio de uma nova vida a dois, uma mesma carne que de ti não se desprenderá jamais. Não te decidas tão depressa sobre um futuro que não te pertence. Será para sempre o nunca mais dessa tua decisão.

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