É um deleite ouvir os diálogos cheios de piadas e sacanices e sorrisos e sentir na pele a boa vontade e a simpatia do brasileiro. Seja conhecido ou não. E tenho exemplos a toda hora. Basta pedir uma informação e lá tomamos com o cuidado de uma mão no ombro enquanto a outra aponta para aonde se deve ir. Mas o apontamento é logo interrompido: «Eu te levo lá, vem» E temos um guia que vai conosco até um ponto do caminho onde já se torna visível o nosso destino, ainda que seja para o lado oposto daquele para aonde ele estava indo. «É ali adiante. Quer que eu te leve lá?» E digo não, não precisa, mas muito obrigado meu irmão. E o guia diz que nada, eu hein. E dá um sorriso e segue mesmo como se nada. Debaixo do sol, a cara engelhada e o suor a estampar as costas da camiseta. E vai. Já me esqueceu a meio, mas eu não. Fico ali parado, pensando: eu faria isso por ele? E não sei. Mas gostaria imenso de ser gente assim.
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