Curiosa diferença para lá do espaço que havia entre nós, nó subtil escondido na malha do teu espírito e que me feriu os dedos. Se o meu toque fosse suave, eu nem percebia. Sorte minha ter as mãos firmes e os ouvidos afinados. Pude ir além da tua pele, além da superfície, e roçar na tua desarmonia. Essa interferência que há entre a tua imagem e aquilo que és, de facto. Há muito ruído por detrás da tua tão bela figura. É pena. Mas com o tempo os meus ouvidos tornaram-se sensíveis e agora eu só consigo ouvir música se for composta de carne e osso, de sangue e pulsação, e tocada por uma alma tão simples quanto forte. Uma pessoa inteira.
Que maravilha, Roldão!
ResponderEliminarObrigado, Marcela! Beijinho. ;-)
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